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Missão: Impossível - Efeito Fallout

  • João Marco
  • 30 de set. de 2018
  • 4 min de leitura

Tenho um histórico peculiar com a franquia do Missão: Impossível. Antes de assistir a Efeito Fallout, o único outro filme que havia visto da série era Protocolo Fantasma, de 2011, e acabei não tendo o interesse de assistir aos outros (nem sequer vi o Nação Secreta, algo que corrigirei em breve...), depois dessa introdução, vamos falar do mais recente sucesso da franquia.

Obrigado a unir forças com o agente especial da CIA August Walker (Henry Cavill) para mais uma missão impossível, Ethan Hunt (Tom Cruise) se vê novamente cara a cara com Solomon Lane (Sean Harris) e preso numa teia que envolve velhos conhecidos movidos por interesses misteriosos e contatos de moral duvidosa. Atormentado por decisões do passado que retornam para assombrá-lo, Hunt precisa se resolver com seus sentimentos e impedir que uma catastrófica explosão ocorra, no que conta com a ajuda dos amigos de IMF.

A Direção é do Christopher McQuarrie, que havia dirigido o filme anterior, de 2015 e foi o escritor do clássico Os Suspeitos, de 1995, na qual o seu trabalho lhe rendeu um Oscar de Roteiro Original. Aqui, o diretor faz questão de ostentar a maior qualidade dessa franquia: as suas sequências de ação. Fazendo isso, ele constrói Fallout mais para o campo da ação, do que para a espionagem.

E o que transforma esse filme em uma experiência muito divertida. são as suas sequências de ação, na qual a concepção das mesmas é impecável: Há uma cena que se passa inteiramente em um banheiro, se utilizando perfeitamente de elementos do ambiente e contando com a habilidade dos dublês e do Tom Cruise (no que diz respeito as acrobacias); há uma outra, envolvendo uma perseguição de motos e mais uma envolvendo helicópteros (pois é, caro leitor...) que é montada de forma primorosa. Em aspectos de "ação", Fallout é eletrizante.

Já em relação ao roteiro, o filme perde alguns pontos, porque a história em sim, além de muito repetitiva e complicada, dificilmente gera o interesse do espectador nos acontecimentos que o rodeiam (além de contar com uma sequência, repleta de reviravoltas atropeladas). Já a forma que ela é contada, é bem mais interessante, graças aos momentos energéticos, ao ótimo apuro técnico e o carisma - ao menos em sua maior parte - do seu elenco. Os Diálogos são bacanas, com um ótimo timing cômico e boas interações entre os seus personagens, há um bom uso do alívio cômico na narrativa, muito disso se deve ao equilíbrio do Tom, que sabe alternar bem os níveis reacionais do espectador.

Visualmente, Fallout é um verdadeiro espetáculo: A Cinematografia do Rob Hardy realça o visual elegante do universo de espionagem da série, com uma coloração a base de tons quentes e uma iluminação bem arrojada, além de ressaltar as ambientações na qual os personagens passam. O Jogo de Câmera é bem ágil, sem investir em atalhos de filmes do gênero (como a câmera tremida), permitindo o espectador acompanhar melhor a ação, inclusive nas cenas mais "grandiosas".

A Trilha Sonora do Lorne Balfe (que compôs a trilha de Megamente) é eletrizante e complementa as sequências de ação mais energéticas, o tema principal é usado com perfeição em certos momentos. A Montagem do Eddie Hamilton (que editou Kingsman e X-Men: Primeira Classe), assim como a cordenação de câmera, não adere a recursos básicos do gênero, como os cortes excessivamente rápidos e construindo a ação com uma edição limpa, permitindo o espectador acompanhar a sequência.

A Mixagem de Som dá uma qualidade sonora as sequências de ação, permitindo o público de entender os elementos auditivos da cena e, assim, fazer o espectador se sentir dentro do filme. O Design de Produção do Peter Wenham (que trabalhou em Capitão América: O Soldado Invernal) traz uma elegância sofisticada a esse universo e o Figurino do Jeffrey Kurland dá uma personalidade aos seus personagens, de acordo com suas vestimentas.

O Tom Cruise continua carismático e cheio de protagonismo, já na parte da ação, ele se prova um completo doente, ao executar sequências absurdas, sem o auxílio de dublês, adquirindo uma autenticidade as cenas. O Henry Cavill está bem como um antagonista extremamente ameaçador e imponente, mesmo que ainda tenha algumas limitações em termos interpretativos. O Ving Rhames e o Simon Pegg são responsáveis por acrescentar humor a narrativa, e efetuando isso com perfeição. A Rebecca Ferguson está sensacional construíndo uma personagem forte e misteriosa, já o Sean Harris faz um vilão sem personalidade e esquecível. Ainda temos Alec Baldwin, Vanessa Kirby e Angela Bassett todos sem material necessário para trabalhar.

Mission: Impossible - Fallout é, sem dúvidas, um dos melhores filmes de ação dessa década e um marco impressionante em uma franquia com mais de 20 anos que continua a trilhar o caminho do sucesso. Mesmo não sendo o melhor da série, é muito divertido e vale seu tempo.

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Título Original: Mission: Impossible - Fallout

Nota: ⭐⭐⭐⭐

Ano: 2018

Direção: Christopher McQuarrie

Roteiro: Christopher McQuarrie

Elenco: Tom Cruise, Henry Cavill, Ving Rhames, Simon Pegg, Rebecca Ferguson, Sean Harris, Angela Bassett, Vanessa Kirby, Michelle Monaghan, Wes Bentley, Alec Baldwin.

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